Então não foi, por causa de uma confiança cega na capacidade reguladora da economia de mercado que ninguém antecipou a Crise Financeira que despoletou nos Estados Unidos da América e que tão más consequências teve na Europa. E então, vamos continuar a confiar numa regulação que pelo menos ao cidadão que tem de atestar o depósito, levanta muitas dúvidas?
É curioso, mas é também da América que chega a resposta à primeira frase. Por lá, já há alguns anos, o tema de discussão que se iniciou na Universidade de Harvard é " O resultado do ensino MBA"

Na escola de administração da Universidade Stanford, o professor veterano Garth Saloner acredita que tanto os métodos pedagógicos quanto o conteúdo devem mudar. “Os alunos preocupavam-se demais com facturar e pouco com aprender. É preciso que haja uma correcção nos salários dos profissionais que detêm um MBA.”
Peter Tufano, professor de finanças em Harvard, diz que o método do estudo de caso e seu papel no “desenvolvimento de alunos “arrogantes’” foi uma das preocupações expressas pelo corpo docente de Harvard nos meses de estudo sobre as deficiências do programa.
Mintzberg vai além e diz que “As escolas americanas não criam profissionais de gestão, criam arrogância insensata.
Para Henry Mintzberg que é frontalmente contra os prémios de desempenho aos gestores os mais de 100.000 MBA formados anualmente nos Estados Unidos saem das universidades com diplomas de elevada qualificação mas podem tornar-se uma ameaça para a sociedade pois ninguém se torna gestor numa sala de aulas.
É caso para dizer que muito para além do prémio que este ou aquele gestor possa auferir, há uma questão de atitude e comportamento que é preciso mudar...
http://www.aacsb.edu/media/articles/folhaonline.Cosier.pdf
http://www.fastcompany.com/magazine/83/mbamenace.html
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