terça-feira, 6 de setembro de 2011

oito passos para a mudança organizacional

Com o mundo em mudança, com os países em mudança, é urgente que as empresas estejam também preparadas para mudar.
Mas como mudar a organização da empresa sem criar um tumulto generalizado, sem as resistências alicerçadas em anos de rotinas confortáveis?
John Kotter, Doutor em Comportamento Organizacional pela Harvard Business School defende uma teoria de oito passos para promover e liderar a transformação dentro das empresas.




1º passo: criar um senso de urgência


Apesar de ter claros os motivos que levaram a necessidade de mudança, é preciso fazer com que todos os colaboradores sintam também esta mesma necessidade de mudança e percebam a importância de agir imediatamente.

2º passo: estabelecer uma equipa-guia

Alertadas pelo senso de urgência, algumas pessoas unem-se para criar algo maior, mais lucrativo, mais poderoso para o futuro. Esse grupo, formado por pessoas de diferentes níveis e áreas da organização, é flexível e veloz, não fica preso às políticas departamentais ou aos feudos da empresa. No fim do projeto, o grupo se dissolve.

3º passo: esclarecer a visão da mudança


É preciso haver clareza quanto à visão, que deve ser comunicada junto com a estratégia. O líder deve se certificar de que todos saibam o que é preciso para mudar.
Nos casos de maior sucesso, segundo Kotter, é sempre possível observar que há algo que faz sentido às pessoas e que está claro para elas onde querem chegar e como pretendem fazê-lo.

4º passo: comunicar para conquistar adesão

Há uma quantidade enorme de formatos e meios de comunicação nos casos de sucesso, e o objetivo é que todos na organização digam: “Isso faz sentido”. Convém ter em mente que a comunicação hierárquica, vertical, não ganha impulso, velocidade ou volume necessários para que a organização encare a mudança. E é sempre bom lembrar: “O que as pessoas fazem conta mais do que o que falam”.

5º passo: dar poder para as pessoas agirem


É preciso liderar estando perto das pessoas, mas também é necessário dar-lhes espaço para a movimentação – é o chamado empowerment.

6º passo: criar vitórias de curto prazo


“O ceticismo sempre existirá, e tem de haver pessoas que parem para pensar e criticar. Para diminuir a tensão e conseguir manter o impulso da mudança, é preciso dar conta dos pequenos sucessos ao longo do caminho, pois nada motiva mais do que o êxito”, aconselha John Kotter. Ele ainda acrescenta que tais vitórias precisam ser reconhecidas e as pessoas, recompensadas.

7º passo: persistir


Não se pode esmorecer ao longo do percurso da mudança. Os Líderes bem-sucedidos nos processos de mudança demonstram tenacidade incansável. Afinal, é preciso passar por esses passos várias vezes, a fim de fortalecer a equipa e conquistar novas vitórias, até chegar à mudança esperada.

8º passo: fazer a mudança perdurar


Kotter é taxativo: “A tradição é uma força poderosa. Apenas ter algo novo a funcionar, não significa que continuará assim, a menos que se encontre uma maneira de fixar o que é novo, uma âncora, que leve a mudança a ser integrada à cultura da empresa”.